A vida bloqueada
instiga o teimoso viajante
a abrir nova estrada.

Helena Kolody

sexta-feira, 13 de julho de 2012

JOVEM

Jovem

Suporta o peso do mundo.
E resiste.

Protesta na praça.
Contesta.
Explode em aplausos.

Escreve recados
nos muros do tempo.
E assina.

Compete
no jogo incerto da vida.

Existe.

***


O bom e velho Rock’n’ Roll
Por Lilian Andrade


Surgindo nos Estados Unidos no início da decada de 40, sendo inicialmente caracterizado, sobretudo, por raça, nacionalidade e religião, o rock’n’ Roll brota como ritmo musical que ultrapassou as fronteiras geográficas.
Em meados dos anos 50, o Rock’n’Roll consolida-se com Elvis Presley, ocorrendo então a popularização do rock e se transformando num ícone para a indústria musical norte-americana, repercutindo na difusão e expansão do gênero musical   para o resto do mundo.
A linguagem do Rock’n’Roll sistematizou ideais, repercutindo num mundo social uniforme, tornando-se  a forma expressiva da nascente contracultura, cujas particularidades eram respaldadas por protestos e contestações políticas e sociais, além da manifestação de repulsa contra as guerras insanas da época, em especial, a Guerra do Vietnã.
Uma das repercussões sociais do Rock’n’Roll encontra-se na luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, da qual o rock com mesclas musicais de negros e brancos causou impactos sociais e culturais na Guerra Civil, cujo Manifesto pelos Direitos Civis é aprovado pela Suprema Corte, levando o movimento a abrir caminho para a aprovação da Lei dos Direitos Civis, historicamente marcado por Martin Luther King, na Marcha sobre Washington, ao pronuciar o célebre discurso: “ Sonho com dia em que meus quatro filhos pequenos viverão numa nação em que não serão julgados pela cor da pele, mas por seus méritos”.
O Rock’n’Roll presente na contracultura, onde uma das formas de contestação da revolução cultural é fortemente marcada pelo movimento hippie cujo estereótipo é evidenciado pela rejeição à sociedade de consumo industrial, desdenho às normas de comportamento e entrega infeliz ao sexo e às drogas, fazendo-se valer do rock como forma de linguagem e protesto à sociedade tecnocrática, individualista, consumista e competitiva. Também como forma de contestação, o movimento hippie defendia abertamente uma vida alternativa, desprezando tudo que pudesse ser consubstanciado como essência da agressão ao Vietnã.
O movimento hippie acreditava nas possibilidades de mudança dos parâmetros de costumes, vistos como alicerces da mentalidade social que desprezavam. O ápice da contracultura ocorreu no Festival de Woodstock numa manifestação pela paz e numa celebração pelo rock.
E por diversas partes do mundo, o rock apresenta-se como um ritmo musical de protestos, e, ainda, de composições fecundadas pelo lirismo de canções de amor, entoando uma linguagem peculiar que somente o bom e velho Rock’n’Roll possui.

13 de julho – Dia Internacional do Rock
 

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